terça-feira, 24 de maio de 2016

Lixo na trilha: não!

Mais um post oriundo da minha viagem ao Monte Roraima, ainda sem a postagem da viagem em si, mas uma dica importante que queria já deixar publicada.

Tem alguns trilheiros, espero que sejam  poucos, que não sabem o que fazer com o próprio lixo quando não vêem uma lixeira próxima, acham que a Natureza dará conta da reciclagem dos materiais descartados inapropriadamente.

Fiz um video mostrando uma área de camping com lixo comum e de como faço o manejo individual do lixo sanitário.



Deixo para leitura um link de um artigo muito interessante sobre os impactos de cagar no mato de forma errada e como manejar o número 2. Vale muito a leitura: http://www.extremos.com.br/noticias/121022_como_cagar_no_mato/


quinta-feira, 10 de março de 2016

Desapega-se para ficar mais leve, acho que não.

" Você carrega seu conforto nas costas".

E aí?! Qual vai ser?

-No meu caso, estou de madame, o material pesado, de abrigo, cozinha e alimentação serão carregados por terceiros. Confesso que estou me sentindo menos autêntica com isso, com certo temor de atrapalhar a cultura indígena da Venezuela, sentindo como se estivesse explorando, assim como os escaladores do Monte Everest fazem com o povo Sherpa.
Porém, é renda e quem sabe uma possibilidade para garantir sustento digno para a família.
Com isso já tirei 2kg da barraca e uns 6kg de comida?! Eu calculo uma média de 700g de comida por dia. O que sobra é material pessoal.
A minha mochila é resistente, mas um pouquinho pesada. Vou economizar bastante na roupa, fiz um check list de acordo com a lista do guia. Vamos ver o resultado final.



Resultado final. Acho que tenho uma mochila de 12Kg.




terça-feira, 8 de março de 2016

Friozinho na barriga - Preparativos para o Monte Roraima

Sabe quando você é bem claro quanto as coisas que gosta de fazer? É fácil para as pessoas te agradarem, elas sabem onde procurar presente no dia do seu aniversário, sabe o que te agrada ser compartilhado na sua timeline, enfim, num desses desabafos no Facebook de como gosto de fazer uma trilha, uma colega de trekking me fez um convite especial. Me chamou para fazer o Monte Roraima!!!!

Não sei qual é a fonte original dessa foto.
Isso foi em Janeiro e a viagem está marcada para a segunda quinzena de março de 2016. A passagem foi comprada no mesmo dia do convite. Monte Roraima é um dos trekkings que sonho fazer desde sempre. São 8 dias isolados. A quilometragem não é tão longa, são aproximadamente 40Km, 2000m para subir, o Monte tem 2800m de altura aproximadamente.

Mais uma imagem que não sei a fonte.

Minha pesquisa inicial envolveu visitar os sites das agências de turismo para ter uma ideia de como é organizada uma expedição.

Exemplo de expedição. Se pode fazer a expedição em várias formatações, meu grupo estava disposto a fazer 8 dias. Esse é um roteiro legal que peguei inspiração para comentar com o grupo
ROTEIRO SIMPLIFICADO 
1º dia: Cidade de origem / B. Vista
2º dia: B. Vista – reunião pela parte da manhã. Tarde livre para o grupo socializar, com opção de passeios pela tarde. Noite livre.
3º dia: Início da viagem de B. Vista – Fronteira – S. Elena – Paraitepuy e início do trekking para dormir às margens do rio Tek.
4º dia: Trekking do rio Tek até a base do Mt Roraima.
5º dia: Caminhada de subida da base para o topo do Mt Roraima – primeira noite no topo.
6º dia: Caminhada no topo para visitar Pedra Maverick, Piscinas Jacuzzi, La Ventana e Salto Catedral. Segunda noite no topo.
7º dia: Caminhada no topo, visitando o Vale dos Cristais / Ponto Triplo / El Foso – terceira noite no topo.8º dia: Inicio da volta, iniciando a descida para a base, onde almoçam, e depois seguir até o acampamento rio Tek. Pernoite.
9º dia: Último dia. Trekking do rio Tek até Paraitepuy, depois S. Elena e B. Vista. Fim da expedição.
fonte:http://www.roraima-brasil.com.br/

Depois comecei a ler o que os trilheiros falavam a respeito.Todos feitos por brasileiros, faltou a leitura em blogs dos estrangeiros, mas fiquei com preguiça de pensar em inglês ou espanhol. A minha triagem foi a seguinte:

1. Esse blog aqui tb foi ótimo para fazer a pesquisa e me nortear, tem muita coisa bacana.



2. Esse outro aqui foi mais intimista no relato com dicas desde os guias até hospedagem.




3. Esse terceiro relato que separei é do site Mochileiros.com. Foi muito bem escrito e está com uma fotos de tirar o fôlego...
 


No nosso grupo tem uma moça que sabe melhor o espanhol e está fazendo os contatos com os guias e pousadas. Os preços são um tanto tabelados nos passeios, nossa escolha ficou baseada em experiências positivas de conhecidos, a pousada foi a mais barata mesmo.
Tudo fechado para a aventura. 


sexta-feira, 4 de março de 2016

ReviewToalha Umedecida Plenitud


A maioria das trilhas que faço tem um rio ou cachoeira para banhar no final de um trekking, mas o próximo que irei fazer tem rios e piscinas naturais em que a temperatura é muito fria. Não sei o quanto é frio, mas como não quero ficar sem tirar a kraka no final do dia, comprei uma toalha umedecida para adulos.
Comprei a marca Plenitud, ela usada para pessoas acamadas, ao invés de comprar o lenço para crianças ou específico para higiene íntima.
No video abaixo falo das minhas percepções.


quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Um caminho diferente: Circuito Fazenda Santa Clara - Cachoeira do Boqueirão

Esse post foi escrito há quase um ano e eu não conseguia terminá-lo, não sei o por quê, acho que não estava me entendendo com google maps para mostrar o trajeto que fiz, e continuo a não entender, mas quando algo não está 100% a gente tem que desapegar e deixar fluir.

A primeira manhã na cidade das cachoeiras, resolvemos sair para conhecer a Fazenda Santa Clara, a Cachoeira dos Meireles e Boqueirão da Mira. Nosso anfitrião do Camping Sô Ito nos passou as primeiras coordenadas e pegamos o carro no sentido Rio Preto.

Aliás, esse camping é uma espécie de balneário, tem uma pequena praia fluvial, um gramadão, um barzinho com sinuca e água quente. Quem quiser também pode ficar hospedado em quartos, só funciona aos finais de semana durante a baixa temporada, nos feriados e nos meses de verão todos os dias. Pegamos um feriado do dia do trabalho e o camping estava vazio, além da minha tinha só outra barraca. Perfeito.


Voltando ao tema do post.

Fizemos um circuito bem legal, pegando estradas rurais que não são muito usadas, mas que um carro 1.0 conseguiria passar (se não tiver chovido).
Nesse trecho de asfalto de Santa Rita de Jacutinga para Rio Preto, MG-457, antes de uma ponte, à esquerda vc verá uma estrada de terra bem larga, com um outdoor do Restaurante do Duque, entre aí, essa é a RJ-151.
Foto de Halley Pacheco de Oliveira
Via Google Maps
Veja a entrada pelo link do Google Maps, o Street View esteve por lá! Isso é inacreditável!!!

Acredito que levei uns 30min para percorrer 15Km, pq simplesmente a estrada tem um visual bem contemplativo que esquecemos relógio. Passamos pela entrada de outras fazendas e assim que você vir uma antiga estação de trem, chamada João Honório, mas no mapa está escrito como estação Barbosa, entre à esquerda para ter acesso a uma estradinha que mais a frente tem uma ponte bem apertada para passar. Veja a rota do Google Maps.
fonte: http://www.turismovaledocafe.com/2010/11/estacoes-ferroviarias.html


foto de Solange Azevedo
https://www.flickr.com/photos/solange_azevedo/sets/72157627322909330



Vale a pena visitar a fazenda e conhecer sua história. Incrível e terrível passar por uma senzala e perceber que logo acima dela fica a sala de visitas. Deixo para vocês a questão filosófica que isso implica. A história da Fazenda pode ser lida no Wikipédia.

Esse circuito é para quem não tem pressa e gosta de passear de carro. Foram 30km, passando por povoados, fazendas, desviando de muito bois e contemplando vôo de aves nativas. Acredito que levamos 1h30min para chegar em Cruzeiro, povoado referência para a cachoeira do Boqueirão. Mais uma vez o Google Maps pode mostrar o caminho da Fazenda Santa Clara e Cruzeiro (via Est. Santa Rita - Rio Preto).


Esse caminho indicado passava por um povoado chamado São Cristóvão, saímos da Sede da Fazenda e pegamos uma estrada que passava na cachoeira da fazenda com um poço que vale o mergulho, depois seguimos por muito tempo sempre pegando às esquerdas. É uma via muito pouca usada, o mato crescia nos lugares que a roda do carro não passava, as placas eram pouquíssimas. Os moradores do local nos olhavam com muita curiosidade e era um a cada 20 minutos de estrada, dá apra sentir que estávamos o tempo todo com a sensação: "estamos perdidas", mas o tanque estava cheio, o carro é econômico, então, tudo bem. Mas sempre que um cidadão surgia perguntávamos se estávamos no lugar certo. E as orientações eram sempre no estilo mineiro de desorientar.

O povoado Cruzeiro é um mimo, mas não tem nada para fazer por lá, imagino aquilo na época do ouro e dos diamantes, um entreposto e nada mais. Só cachaça para fazer o tempo andar.

Dali para as cachoeiras é um pulo, sem erro, só seguir o barulho do Rio.

Boqueirão do Meio
fonte:http://www.santaritadejacutinga.net/

Vou ficar devendo as fotos pq o cartão de memórias queimou....mas posso afirmar  que vale muito a pena fazer esse circuito!

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Acampando no Canadá - parte II


A segunda parte dessa viagem se passou mais no interior do Parque Nacional da Penísula de Bruce.

Esse tipo de camping por lá se chama Backcountry camping o que significa que é uma área mais isolada, de difícil acesso, com a Natureza próxima, bem íntima,  mas com alguma intervenção do homem. Não há chuveiro e o banheiro é de compostagem. A água tambem deve ser coletada e purificada, ou então percorra o caminho com seus litros no lombo. Fizemos isso. -Roots!!!

Não é camping selvagem. Pois o Estado está lá organizando e fiscalizando - porém a fiscalização é escassa, vimos lixo na trilha e fogueiras onde não deveria.  Vc só pode acampar se fizer reserva, nisso eles eram organizados, dá para fazer tudo pelo site.

Pois bem, nossa área de Camping era num sítio chamado Stormhaven.





Todas as informações desse tipo de camping estão disponíveis pela internet. Pode-se fazer inclusive reservas online. Visite o site e admire as lições de ecoturismo.


A caminhada está em vermelho
No mapa acima dá para ver nosso trajeto, sinceramente, não lembro por quantas horas andamos, mas pode ter sido umas 3h. Estacionamos o carro no P2 e o ponto incial foi no Yurts (uma tenda inspirada nas tendas dos nomades da Asia Central, que aliás, estão ali para serem alugadas).
Yurt
A trilha é demarcada, então, não precisa de guia. Algumas bifurcações não são bem sinalizadas, mas não o suficiente para se perder.
Coisa linda cheia de graça no início da trilha
 
Início trilha
 
Uma das muitas praias de pedra que passamos
 
Depois a trilha fica assim, repare na sinalização do tronco.

Nosso caminho até chegarmos a Bruce trail foi bem movimentado, era verão, então, o parque estava cheio. Depois foi super tranquilo, com poucos passantes e só visual para apreciar.

Parada para o banho

"Somos amigas, amigas, amigas pra valer...." lá lá lá

Bora que tem mais chão.

A área das nossas barracas era um deque de madeira na beira do lago, protegido pela vegetação.
Dequezinho show de bola

Duas barracas montadas e uma moça com caneca na mão fazendo pose de fodona
Lindo! Montamos a barraca e fomos aproveitar o restinho do sol e mergulhar na água mais cristalina que já vi. Delicinha. Preparamos a janta, tomamos nossa segunda garrafa de vinho e fomos dormir cedo, pq tínhamos pretensão de ver o sol nascer.
Fiquei na água até ficar enrugada

Restaurante
  
Não se engane pela claridade, devia ser quase 19h.
Como esse camping é mais afastado, é imperativo que a comida e artigos de higiene fiquem longe da barraca e pendurados. Podem aparecer ursos!
Cada deque tem seu ponto para pendurar os pertences. Nossa mochila não tinha cadeado e não ficamos com receio de sermos furtadas. Não é fantástico?!
Feito isso, ainda observamos as estrelas, continuamos a conversar e exaustas fomos desmaiar.

Na manhã seguinte... não deu para ver o sol nascer, estava nublado, mas mesmo assim foi esotérico. Aquele momento que você sabe que faz parte de algo maior e agradece por estar ali.
sozinhas na praia

Muito bem! Ganhou estrelinha da fisioterapeuta.
Preparamos o café e fomos explorar a área.
Estava muito bom! 

Aquele momento de planejar o dia tomando uma boa xícara de café

 Nesse dia nadamos muito. Na ponta da praia tinha uma formação rochosa curiosa que parecia a cabeça de um gigante mergulhado até a altura dos olhos mirando a outra margem do lago.
Andamos...
....descansamos...
...fizemos graça...

...até parar aqui...

....e retornamos...

...para entrar na água mais a frente e começar a nada. Essa grutinha é onde estávamos.

Quase chegando na cabeça do gigante.

Chegamos na cabeça do Gigante

Aproximadamente lá pelas 14h, fechamos nosso camping, demos tchau para aquele lugar maravilhoso e retornamos para a base.

Natureza diferente explorada.
Agora é chamar essas amigas aventureiras para planejar a próxima trip.
Obrigada lindas, a viagem foi o máximo.

Parada num café ucraniano à beira da estrada. Back to Toronto.
Fim.



segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Dica Dazamigas - Como prender um biquini sem grampos


Super rápido.

Como pendurar biquini no Camping? Dazamigas mostra.

Conheça o nó  Boca de Lobo. Siga o passo-a- passo para fazê-lo.

Faça uma alça na corda

Passe a alça por trás da área (geralmente isso será um galho, uma outra corda) onde pretende fixar o nó

Puxe a alça para frente enquanto as pontas passam por dentro

Puxe as pontas, a alça fará uma constricção e terás o Nó Boca de Lobo


Agora um exemplo da vida real. Com o biquíni.