quarta-feira, 24 de julho de 2013

Aldeia Velha - Silva Jardim - RJ

Estou indo para a mesorregião das Baixadas, na Bacia de São João, numa área que foi povoada pelos índios Guarulhos e posteriormente por imigrantes suíços e alemães, do município de Silva Jardim, mas que um dia foi Capivary,  parto para um povoado chamado Aldeia Velha, as margens da BR-101.
Região de Mata Atlântica, com programas para a preservação do Mico-Leão-Dourado e de promoção de RPPN´s para criação de formas desenvolvimento sustentável e alternativas .

Vou preparada para o frio, umidade e chuva nessa primeira viagem solo. Extreme survival skills!

Meu destino é a Reserva Bom Retiro, uma RPPN desde 1993 com atividades de pesquisa científica, educação ambiental e ecoturismo. Eles oferecem vários tipos de hospedagem, mas pretendo ficar no estilo mais roots dentro da minha barraquinha ou rede. Se não aguentar o frio, e tiver espaço, me mudo para o alojamento.

Para chegar lá sairei do Rio às 5:30, (pela autoviação 1001), sairei antes do sol para ver se evito engarrafamento, já que no Rio acontece a Jornada Mundial da Juventude sendo Quinta e Sexta feriados. Quase um Carnaval!
Para chegar lá de ônibus, a melhor opção foi comprar passagem para Casimiro de Abreu, município limítrofe de Silva Jardim, a chegada está prevista para às 7:30. De Casimiro de Abreu pego outro busão ou van para Aldeia Velha, às 9h. Teria opções de outros horários saindo do Rio, mas para ter uma folga de um possível atraso, optei por esperar.

Não tenho roteiro definido, quero chegar  e acampar. Se puder visito as principais atrações do lugar como 7 Quedas na Fazenda Shangri-lá  ou Cachoeira Andorinhas, mas a própria RPPN tem um circuito e atrações para visitar.
 Quero praticar nós e amarras, usar meu recém-feito Gasificador de Madeira que fiz através do tutorial do video abaixo, cavalgar, pescar (?) e sei lá mas o quê...



Espero que tudo ocorra conforme o planejado. Até a volta!



Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Silva_Jardim
http://www.silvajardim.rj.gov.br/site/index.php/o-municipio
http://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/areas_prioritarias/mata_atlantica/mata_atlantica_acoes_resultados/restauracao/bacia_do_rio_sao_joao/

sábado, 20 de julho de 2013

Lapinha-Tabuleiro: Lição 2

Além das boas histórias e do bom povo que conheci, uns dos suvenir que trouxe para casa foram os carrapatos. A trilha é feita por cavalos e burros e vez e outra em alguns trechos devem passar vaca e boi animais notoriamente abrigo de micuins e carrapatos.
Esses parasitas ficam nas folhas e capins esperando um sangue quente passar para atacar. Dizem os artigos que os percebemos 24h depois.
No meu grupo todos foram sorteados, então creio que os intrusos fizeram seu ataque depois que passamos pela D. Maria.
Percebi as minhas primeiras feridas na barriga, provavelmente, os seres irritantes se aproveitaram dos momentos em que tirava a mochila das costas e apoiava no chão para pegarem carona na barrigueira. Depois apareceram as feridas na perna. Porém, só percebi a infestação um dia depois que cheguei em casa.

Extremamente cansada da viagem não tomei uma atitude simples de deixar a minha mochila e os equipamentos isolados, cheguei e joguei tudo no chão da sala e corri para o banho e depois cama.
Quando acordei, começou o martírio. No desespero, liguei para a veterinária da minha cachorra. :) A essa altura a minha cadela tinha passado o dia comigo, já que nós duas dormimos o sono dos guerreiros que voltam da batalha... As orientações foram simples, catar todos os carrapatos em mim, tomar banho com bucha, passar aspirador pela casa, comprar remédio de carrapato para passar no ambiente e  outro para passar na Juju. E observar. Com a Juju felizmente nada aconteceu, mas para mim, o inferno.
Tomava anti-histamínico como quem come bala, acaba o efeito, eu tomava outro e vivi por uma semana em estado alucinógeno, tomei remédio para verme, passei sabonete contra sarna e piolho,  jogava álcool 70% no corpo, tudo que podia eu fazia. A minha vontade era passar o vermífugo da juju em mim, mas deixa para lá. Foram quinze dias para passar a coceira e as feridas começarem a ficar menos vermelhas,
Mais de um mês e depois, ainda tenho algumas cicatriz  no corpo.
Pelo visto a barreira física da roupa, não foi suficiente. Para o próximo camping ou travessia similar a essa achei um produto anti-carrapatos que pode ser passado tanto nos equipamentos e roupas, quanto no corpo.
Se chama Exposis, vou comprar e experimentar e depois comento se funcionou mesmo.                            


Resumo

1. Quando chegar de uma trilha deixe seu equipamento em quarentena e lave imediamente suas roupas.  

2. Previna-se de carrapatos.                                                                                                                                                                                          





sábado, 6 de julho de 2013

Faça você mesmo - Angulador para pedra de afiar faca

Todo hobby tem seus objetos de desejo que você compra um básico e logo depois quer outro mais incrementado, eu estou assim com canivetes, facas e itens de cozinha. Eu sempre usei um canivete, depois comprei um facão e hoje tenho algumas facas. Aprendi sobre diferenças de corte, formato de lâmina e sei que ter um canivete ou faca faz muita diferença na hora da necessidade.
Pois bem, todos os equipamentos têm sua manutenção, com as lâminas não é diferente, depois de usar você precisa limpar para tirar os resíduos e restabelecer o corte do fio se for preciso. Para me ajudar nessa última tarefa fiz um suporte de madeira para a pedra de afiar. Para saber as medidas das peças um pouco de matemática: finalmente usei as Leis dos Senos e Cossenos, Teorema de Pitágoras e Trigonometria (brincadeira, foi tudo no olho) , e com certeza um transferidor para saber se tudo ficou realmente no ângulo que deveria ficar.
Como aprendi no fórum Bushcraftbr um fio feito a 10° e depois terminado com um microfio a 20° permitem uma lâmina com boa capacidade de corte e manutenção do fio por mais tempo. Para ter mais precisão ao deslizar a lâmina da pedra resolvi criar esse suporte, já que a pedra fica na angulação que preciso e deslizando a lâmina numa posição reta em relação a pedra obtenho o fio necessário. No vídeo abaixo mostro o processo.

Por que tem um trecho de música de uma cantora famosa o link não está aparecendo, mas é só apertar que você será direcionado para o meu canal do YT.


segunda-feira, 1 de julho de 2013

Lapinha - Tabuleiro: Lição 1


Essa é uma boa travessia para quem está começando no trekking ou retornando. Se você está mediano fisicamente consegue fazer numa boa.
Porém, a orientação é difícil. mesmo com GPS pode-se perder nas bifurcações que aparecem.
Garmin GPSMAP 62sc,
outdoor Gear Lab

 Os aparelhos de GPS não são 100% precisos  e  isso pode confundir o usuário iniciante. Achei um bom comparativo entre os GPS no Outdoor Gear Lab.
Estava com carta e bússola  e em certos momentos não tinha pontos de orientação suficientes para checar no mapa e nos tracklogs. Porém, se perder por lá não é tão ruim assim você andará mais, entretanto, como é área de  fazendas e  outras propriedades você achará algum caminho ou alguém que poderá te socorrer, mas se não achar e tiver que pernoitar por um dia , não será difícil já que a trilha têm várias fontes de água e bons locais para acampar.
Se você nunca fez a travessia como eu, procure por pessoas que também a farão, pelo que experimentei muita gente faz esse percurso. É fácil de se encaixar em um grupo, ou se não quiser contar com a sorte, procure um guia. Eu achei um que me cobrou R$1200,00 (para 2 pessoas) pelos três dias com suporte de mula e translado de BH-Lapinha e Tabuleiro-BH e não precisaria levar barraca, já que a hospedagem estava inclusa. Para alguns isso pode ser uma alternativa.

Essa é a primeira reflexão da minha viagem, não subestime a Orientação, se puder invista num aparelho de GPS, faça cursos para aprender usá-lo, saiba ler mapas e usar bússola, pq é melhor pecar pelo excesso do que ficar perdido na trilha.
Até.