Dia 3
Buraco das Araras
Todos os guias nos avisaram que andávamos em cima de um solo que era igual a um queijo suiço. O Buraco das Araras é desses furos aparentes do solo, na verdade o nome técnico é Dolina, um desabamento do solo num salão calcário que um dia se encheu de água da chuva que penetrava na superfície por meio de fissuras e no outro se esvaziou, o teto do salão, então, não aguentou e cedeu formando a estrutura.
Essa dolina tem 500m de circuferência e 100m de profundidade, e virou habitat preferido das Araras Vermelhas, porém outras espécies se encontram lá, a mais curiosa é um casal de jacarés que para sobreviver comem seus filhotes.
O guia oferece binóculos para os visitantes, mas recomendo que você leve o seu, são muitos detalhes para apreciar e quando acha que viu tudo, acaba descobrindo outra curiosidade e não irá querer tirar os binóculos da cara.
Fotos: Crédito Jaciane Hammad
Flutuação Rio da Prata
Tem muita água doce nessa terra, os valores de grandeza impressionam, temos ali o Aquífero Guarani, Bacia do rio Paraguai e os rios principais da região: Formoso, Prata, Mimoso, Peixe, Perdido, Ahumas, Olaria e Miranda. E a característica marcante da transparência de suas águas é devido as nascentes serem em solos calcários.
A Flutação é feita no Recanto Ecológico Rio da Prata, com uma infraestrutura de tirar o fôlego e diretrizes bem claras de sustentabilidade.
Meu grupo chegou aguardou o delicioso almoço (vale a pena incluí-lo), descansou um pouco no redário e se preparou para o passeio.
Recebemos orientações sobre o trajeto, uma roupa de neoprene de 5mm, botas, máscara e respirador. Entramos num caminhão adaptado para passageiros que cruzou um trecho da Fazenda até chegar no ínicio de uma trilha.
A caminhada é de nível leve pela mata ciliar do Rio da Prata e dura uns 30min, mas a flutuação na verdade é no rio Olho D'água.
A nascente desse rio é incrível, é uma grande piscina natural onde a água brota do fundo.
A flutuação é incrível, basta cruzar os pés, remar suavemente com os braços e deixar a correnteza levar. A transparência da água permite ver a vários metros de distância mesmo com o tempo nublado. Saímos algumas vezes do rio quando a correnteza ficava forte, mas andávamos em plataformas e a mata ciliar era poupada dos turistas. Chegamos até o ponto onde os rios se encontram e a profundidade aumenta, nesse ponto já estava cansada de tanta beleza e preferi apreciar o rio no barco elétrico, que por não usar o motor a combustão permite um passeio contemplativo silencioso.
No final do passeio o caminhão estava lá pronto para o retorno.
Fotos: do passeio de flutuação não tem uma. Os vídeos que fiz ainda estou editando, mas em breve colocarei aqui.
Dois imprevistos: Chovia e relampejava, mas mesmo assim o passeio foi liberado, não havia riscos de tromba d'água. Porém, um raio caiu próximo que todos que estavam na água sentiram um tranco. Não foi agradável, um casal preferiu não continuar.
No final do passeio, no vestuário uma enorme aranha estava descansando atrás de uma viga. Não a vi, e no entusiasmo do passeio, gesticulava espaçosamente que minha toalha assustou a bichona e ela ficou em posição de ataque. Senti um friozinho na espinha, mas foi retomar a consciência que estava em ambiente natural, onde sempre se deve prestar atenção, mantive a calma e a aranha voltou ao seu esconderijo e eu a minha rotina de turista.
Pri, estou ansiosa pelos vídeos!
ResponderExcluirBonito é meu sonho de consumo.
Abraço.
Oi, Teresa
ExcluirEstou brigando com o programa de edição e tem tanto material que está um desafio encurtar, mas de novembro não vai passar. Abração!