domingo, 8 de dezembro de 2013

O que levar de Roupas e Acessórios para Pantanal

Esse é um vídeo em que falo brevemente sobre o meu vestuário e acessórios no Pantanal. Os índios andavam nus por lá, mas nós não temos a mesma resistência.
Eu tive o dilema da calça comprida, fui numa época quente, sol forte o que pedia  uma bermuda, só que aprendi que conforto vem em segundo quando se fala em ambiente natural.
A calça preferida para os passeios foi a Bihai Extreme, calça de tecido rip stop, com tramas de poliester e algodão, com seis bolsos que são extremamente úteis. O tecido da calça é o mesmo das calças militares, então, é bastante resistente.
E usei uma blusa de poliamida, de mangas longas, muito usada por pescadores para proteger do sol e assim evitar ficar passando protetor solar periodicamente. O fator de proteção UV da camisa é 50+.
Botas sempre.
Chapéu de abas grandes.
Óculos escuros.
Prefira os com lente polarizadas porque essas lentes aumentam o contraste das cores ao mesmo tempo que diminuem o reflexo da luz, em campo aberto faz muita diferença.
Binóculos
Fiz uma breve pesquisa e resolvi seguir as dicas de um site sobre Ornitologia e deu super certo. Precisava de algo pequeno, mas que atendesse as necessidades. Comprei um Tasco, uma marca do grupo Victorinox. Pensei, se o canivete é bom, provavelmente o binóculo dará conta do recado, e deu.
Repelente Extrême, já comentado em outro post.

Dito, vamos ao vídeo:


quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Bonito - Vale a pena! Parte 3

Dia 4

Boca da Onça


Mais uma fazenda com muitos atrativos e boa infraestrutura. Essa me chamou a atenção por ter a cachoeira mais alta do Mato Grosso do Sul.

Meu grupo chegou por volta das 9h no receptivo, fomos recebidos com café, suco, bolo caseiro, bolinho de chuva e de queijo. Esperamos por uns 30 minutos para partir, mas o receptivo é lindo e tem uma pequena sala contando a história do local, alguns artefatos cobertos com cálcario, ossos de alguns animais locais e cerâmica dos índios da região e como sempre um redário para descansar. O tempo voou...
O maior pertenceu a uma onça pintada e o menor a uma onça parda



 A Trilha ecológica da Boca da Onça tem 4km de extensão, mas é muito tranquila  de se fazer. Meu grupo começou no sentindo anti-horário, e o primeiro ponto de parada é na plataforma de rapel com uma descida de 90m.







De lá se tem a vista de todo o vale do Rio Salobra.
 

 E mais a frente começa uma descida de uns 800 degraus até a cachoeira que dá nome ao local. Eu recomendo muitíssimo que se faça o sentindo anti-horário da trilha, imagina subir 886 degraus, desafiante, né?!



Eu nunca tinha visto uma cachoeira com deck de madeira...

boca da onça


O poço é fundo e existe uma bóía que delimita o espaço para banho.

A água gelada curou a fatiga das pernas e continuamos o percurso. Friso que apesar de longa, a caminhada é muito tranquila, se o caminho não é plano, há corrimões, passarelas e escadas.











Nós passamos por várias formações curiosas com seus devidos nomes criativos até chegar no banho mais gostoso: no Buraco do Macaco.


Cachoeira do Fantasma?
Buraco do Macaco























De volta ao receptivo almoçamos, descansamos e retornamos à pousada.

A segunda recomendação desse passeio: se tiver papetes ou sandálias de trekking, use-as. São várias paradas para banho. Leve toalha e roupas de secagem rápida, além do fiel repelente.

À noite visitei o Projeto Jibóia. Sinceramente, para quem tem curso de sobrevivência como eu, não somou muito. O trabalho do cara é interessante, a palestra está mais para um Stand up comedy, e no final tiramos foto com uma jibóia no pescoço.

Bonito chegou ao seu final e deixou ótimas impressões, Esses 4 dias foram o suficiente para mim, mas se tivesse recursos ficaria mais com certeza.

Crédito das fotos para Jaciane Hammad.

continua agora com os passeios do pantanal

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Travessia Paineiras x Vista Chinesa, via Morro do Queimado

Apesar de toda a especulação imobiliária, serviços inflacionados, políticos bandidos, o Rio de Janeiro é uma cidade fantástica.

Conheci por intermédios de amigas um grupo que faz as trilhas pela cidade,  Projeto Descobrindo os Cantos do Rio, não apenas as mais conhecidas, mas aquelas que estão abrindo conforme o avanço das UPPs, ou aquelas que simplesmente não são divulgadas.

Essa minha primeira excursão com eles foi a Travessia Paineiras x Vista Chinesa, via Morro do Queimado, uma trilha que o Parque Nacional da Tijuca não divulga (?).

O grupo Adventurers é muito organizado. Existe uma pequena explicação sobre a trilha no ínicio da caminhada, os organizadores levam kit de primeiros socorros, água e alimentação para os desavisados. Para quem gosta de história a Rosely conhece bastante sobre o Parque.
Trilha moderada.




domingo, 17 de novembro de 2013

Bonito. Vale a pena! Parte 2


Dia 3


Buraco das Araras


Todos os guias nos avisaram que andávamos em cima de um solo que era igual a um queijo suiço. O Buraco das Araras é desses furos aparentes do solo, na verdade o nome técnico é Dolina, um desabamento do solo num salão calcário que um dia se encheu de água da chuva que penetrava na superfície por meio de fissuras e no outro se esvaziou, o teto do salão, então, não aguentou e cedeu formando a estrutura.
Essa dolina tem 500m de circuferência e 100m de profundidade, e virou habitat preferido das Araras Vermelhas, porém outras espécies se encontram lá, a mais curiosa é um casal de jacarés que para sobreviver comem seus filhotes.


O guia oferece binóculos para os visitantes, mas recomendo que você leve o seu, são muitos detalhes para apreciar e quando acha que viu tudo, acaba descobrindo outra curiosidade e não irá querer tirar os binóculos da cara.





As araras tem temperatura corporal de 45ºC, e por isso, elas não ficam dando rasantes se a temperatura estiver alta. O melhor horário para vê-las é bem cedo ou no final da tarde.








Fotos: Crédito Jaciane Hammad











Flutuação Rio da Prata


Tem muita água doce nessa terra, os valores de grandeza impressionam, temos ali o Aquífero Guarani, Bacia do rio Paraguai e os rios principais da região: Formoso, Prata, Mimoso, Peixe, Perdido, Ahumas, Olaria e Miranda. E a característica marcante da transparência de suas águas é devido as nascentes serem em solos calcários.





A Flutação é feita no Recanto Ecológico Rio da Prata, com uma infraestrutura de tirar o fôlego e diretrizes bem claras de sustentabilidade.




















Meu grupo chegou aguardou o delicioso almoço (vale a pena incluí-lo), descansou um pouco no redário e se preparou para o passeio.












Recebemos orientações sobre o trajeto, uma roupa de neoprene de 5mm, botas, máscara e respirador. Entramos num caminhão adaptado para passageiros que cruzou um trecho da Fazenda até chegar no ínicio de uma trilha.





A caminhada é de nível leve pela mata ciliar do Rio da Prata e dura uns 30min, mas a flutuação na verdade é no rio Olho D'água.
A nascente desse rio é incrível, é uma grande piscina natural onde a água brota do fundo.
A flutuação é incrível, basta cruzar os pés, remar suavemente com os braços e deixar a correnteza levar. A transparência da água permite ver a vários metros de distância mesmo com o tempo nublado. Saímos algumas vezes do rio quando a correnteza ficava forte, mas andávamos em plataformas e a mata ciliar era poupada dos turistas. Chegamos até o ponto onde os rios se encontram e a profundidade aumenta, nesse ponto já estava cansada de tanta beleza e preferi apreciar o rio no barco elétrico, que por não usar o motor a combustão permite um passeio contemplativo silencioso.

No final do passeio o caminhão estava lá pronto para o retorno.

Fotos: do passeio de flutuação não tem uma. Os vídeos que fiz ainda estou editando, mas em breve colocarei aqui.

Dois imprevistos: Chovia e relampejava, mas mesmo assim o passeio foi liberado, não havia riscos de tromba d'água. Porém, um raio caiu próximo que todos que estavam na água sentiram um tranco. Não foi agradável, um casal preferiu não continuar.
No final do passeio, no vestuário uma enorme aranha estava descansando atrás de uma viga. Não a vi, e no entusiasmo do passeio, gesticulava espaçosamente que minha toalha assustou a bichona e ela ficou em posição de ataque. Senti um friozinho na espinha, mas foi retomar a consciência que estava em ambiente natural, onde sempre se deve prestar atenção, mantive a calma e a aranha voltou ao seu esconderijo e eu a minha rotina de turista.


Continua



quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Bonito - Vale a pena sim! Parte 1

Viajar para Bonito não tem erro. O lugar merece todos os títulos de Melhor destino de Ecoturismo.


Pensava que era um destino caro, mas não é. Os passeios são tabelados pela ATRATUR, uma associação dos empresários locais e não dá para barganhar com as operadoras de lá. Entrando no site você conhece o tarifário dos passeios.
Aliás eles têm uma lista de dicas super completa. Vale olhar também. A mais divulgada pelos guias para o turista é para não beber a água de lá, que apesar de limpa, tem concentrações altas de calcário e magnésio que podem dar piriri.
Eu tive 3 dias e meio para aproveitar a cidade e segui a dica do Ricardo Freire do Viaje na Viagem de escolher um tipo de passeio para cada dia, Flutuação, Grutas, Cachoeiras etc. Fiz uma estatística rápida sobre os passeios mais comentados e fiz as seguintes escolhas.

Dia 1

Balneário Municipal

Chegada em Bonito lá pelas 12h. Não tinha muito o quê fazer, então fui e voltei de taxi  para o Balneário Municipal. É uma área de lazer popular com um trecho de rio cheio de peixes, e um certa profundidade para mergulhar, campo de volêi, área verde para relaxar, pegar um sol ou ficar deitado embaixo de uma árvore e forrar o estômago nas lanchonetes-restaurantes. Lá eu comi um prato feito de arroz, pirão, salada e peixe à milanesa que estava bom e barato.

Almocinho bb


Cardume de Piraputanga


Dia 2

Gruta de São Miguel, Gruta Azul, Passeio de Bote Rio Formoso e Casa de Memória Raída

Se você nunca visitou uma gruta, a de São Miguel é um bom começo, mas se você já visitou não espere nada extraordinário, a gruta é bonita, com várias formações e até a possibilidade de ver coruja dentro em algum ninho.
Passarela para chegar no ínicio do percurso



Saída
A Gruta Azul é o cartão postal deles e por isso um dos locais mais visitados, o congestionamento na trilha é grande e a havia uma certa dificuldade em descer porque os degraus de pedra estavam bastante escorregadios, há promessa de uma escadaria mais moderna, mas nesse trânsito todo a guia contou a história de Sinhozinho, um curandeiro local da década de 40, que curava as pessoas e animais com rezas, cinzas e água. Obviamente virou desafeto das autoridades locais e foi desaparecido. Esse site tem um video e mais histórias sobre a lenda.




Crédito das fotos mais bonitas para Jaciane Hammad

Por conta dessa história à noite conheci a Casa de Memória Raída uma loja com um artesanato, livros e poesias na frente e o outro comodo nos fundos com exposição de fotos e objetos  contando a história de Bonito através da vida de Raída, avó de Fernanda, que mantém o espaço. O objetivo de Fernanda é criar um museu, mas ela precisa de parcerias para criar o projeto e apresentar a investidores e expandir o que já tem por lá. Vale a pena conferir o local e bater um papo com a Fernanda, gente boníssima e com muitos causos para os curiosos.





À tarde fiz um passeio relax de bote no rio Formoso, na Ilha do Padre. É divertido, os monitores do bote incentivam uma "guerra de água" entre os turistas entre uma quedinha e outra do rio. Como as pessoas falam alto é difícil de ver os animais à beira d'água.
P.S.: É proibido levar máquinas fotográficas nesse passeio que não possam estar presas ao corpo e em caixas estanques, mas tenho um video que depois postarei. Porém,  uma fotógrafa nos acompanha com um caiaque e registra todo o trajeto.

(Continua)



sábado, 2 de novembro de 2013

Impressões sobre o repelente Exposis

Uma pausa antes de continuar sobre os posts de Bonito/Pantanal.

Não ir ao campo não é opção para mim, então precisava de algo eficiente contra os carrapatos, meus piores vilões.Veja esse post sobre a Travessia Lapinha x Tabuleiro.
Depois de maus momentos com carrapatos, dessa vez eu utilizei de um repelente mais forte. O Exposis Extreme está recomendado por vários aventureiros e mateiros e seria o único a repelir os carrapatos. Funcionou muito bem. E agora não sairá mais da mochila. Recomendo muito. O vendedor não me apontou diferença entre o extrême e o spray, o que mudaria era a forma de aplicação.


sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Bonito/Pantanal - Intro

Só uma intro a uma das viagens mais legais que já fiz.

Apenas uma semana na região de Bonito e Aquidauana, no Complexo do Pantanal forneceu muita informação para esse blog.

Não era uma viagem planejada e nem estava nos meus planos, mas como estava muito afim de viajar sem gastar muito e tinha pontos no cartão de crédito prestes a vencer fui em buscas de promoções de passagens e achei pelo Melhores Destinos uma na Azul para Campo Grande. E daí comecei a planejar toda a aventura.

Para constar: me surpreendi positivamente com a qualidade das aeronaves, tudo novo, confortável e com telinha com canais da TV paga.

Fiz pacote turistão com agência de viagem, fechando passeios e pousadas com antecedência. Foi uma opção acertada. Em Bonito os passeios são tabelados e precisam de reservas, o que vai diferenciar o custo da viagem é basicamente a pousada e os extras individuais.
Outro motivo comodista de minha parte para escolher o pacote foi o do transporte até as atrações e translado até Bonito e depois Pantanal.
Pode-se alugar carro, assim que se chega em Campo Grande, mas a distância até Bonito pode variar de 280 a 330Km de estrada e pela região turística as estradas são de terra e por mais sinalizada que seja tem sempre uma curva que confunde e até você achar alguém para dar informação vai demorar... E no Pantanal nem se fala, na fazenda que fiquei hospedada, carro ia ser sombra para boi.

Tive algumas boas recomendações de agências e fechei com aquela que respondia prontamente às minhas dúvidas, entendeu meu tipo de turismo e facilitou o pagamento, mas faços ressalvas a Jaguarete Tur, seus funcionários não se comunicam bem e precisei em alguns momentos aguardar por medidas que já deveriam ter sido providenciadas.

Quanto ao Pantanal. É lindo demais! Alguns contratempos, mas deve ser parada obrigatória para quem gosta de vivenciar outras culturas. Foi difícil largar aquele lugar!


Nos próximos posts serei mais detalhista sobre os passeios e o que aprendi por lá!

Abraços Mateiros,




terça-feira, 10 de setembro de 2013

Post testemunho: Fuga para o mato?

De 2ª a 6ªf a vida segue. Roupa social, sapato ocasional, janelas que dão para um corredor e na frente um computador (juro que a rima não foi proposital!). E celular, e mp3... tecnologias do mundo moderno. Chegando em casa eu tentava me preparar para o final de semana que tinha pela frente: recebi o convite de uma amiga para acampar em uma RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) no interior do Rio de Janeiro. O convite veio com adendos, a idéia era sobreviver na mata de forma mais independente possível da estrutura que o camping oferecia. Usaríamos o chuveiro pela água quente, mas de resto tudo seria providenciado por nós. A cozinha só usaríamos em caso de emergência. Uma fuga do dia-a-dia. Eu sempre acampei, desde pequena. Meus pais me levavam para o meio do nada com lugar nenhum, numa praia que nem existe mais. Não lembro ao certo com que freqüência íamos, mas acho que era bem grande pois lembro de várias viagens diferentes. Mas mesmo com as lembranças do mini botijão de gás acoplado ao mini fogão de duas bocas, da mesa dobrável de madeira, dos banhos frios com direito a cobra no caminho e de diversas situações que passamos, o fato é que camping depois de adulta eu só fui em carnaval ou festival de música e, portanto, não fazia a menor idéia de como me preparar para o que viria pela frente.


Na hora de separar a roupa, o básico do básico e pra isso tá tudo certo. A roupa do corpo e mais uma muda para troca. Já na hora de separar o resto... o que é essencial para sobreviver na mata? Como pegar todos os utensílios que usamos diariamente e carregar numa mochila para passar um final de semana no campo sem recorrer à cozinha? Não sei. Ou não sabia até então. Por isso peguei emprestado do irmão uma bolsa térmica e nela coloquei talheres normais, um pano de prato, um pote de manteiga previamente congelada e um pacote de cream cracker para o café da manhã, um pote com sal, açúcar e leite em pó separados em pequenos bolos de papel alumínio, um mini pote com leite de caixinha para os milhares de chás (preciso dizer que o leite azedou e chá nunca foi feito?), um azeite em garrafa e um saco de quinoa em grãos. Num pote grande, os ingredientes para fazer da quinoa um tabule e só.


Viagem agradável, depois de 2 horas chegamos na bela RPPN Reserva Bom Retiro. Propositalmente escolhemos o camping mais afastado da área social e que possui área para fazer fogueira. Montamos as barracas e em seguida começamos a preparar a vida.


Para a fogueira precisávamos de lenha, para lenha precisa-se de uma boa faca. Para quem não tem faca, é bom que tenha amigas que tenham faca. Eu tinha. Primeira atividade do campo em que uma pessoa despreparada fica de fora.


Depois da lenha colhida, hora de se organizar. Um pouco de noção de física e muito conhecimento sobre como se virar, a mesma amiga que tinha faca pegou uma garrafa pet, fez um nó chamado Volta da Moringa que cria uma alça que ela usou para prender a garrafa pet na árvore e com sua faca fez um pequeno furo na base da garrafa e em menos de 2 minutos nós tínhamos uma torneira completamente funcional. Fiquei literalmente em êxtase!


Em seguida era hora da comida. Você já deve ter se perguntado como uma pessoa pode fazer comida só com os ingredientes e sem o material básico: fogo. Eu te digo: com amigas que levem o fogo. Segunda atividade do campo em que uma pessoa despreparada fica de fora. Elas levaram um mini botijão de gás moderno e com boca própria. E mini panelas. E mini pratos e mini talheres. Com isso consegui cozinhar minha quinoa e elas fizeram um fricassé de frango. Sério.


Ao anoitecer, hora da fogueira. A lenha já estava separada e devidamente coberta para não pegar sereno, o que a deixaria úmida, impossível de queimar. Caliman utilizou folhas secas para ajudar a acender a fogueira e em alguns minutos tínhamos um belo fogo para nos aquecer. Para fazer o churrasquinho ela pegou pedaços de um tipo de madeira que não deixa farpas, limpou e afiou a ponta com sua faca, e deu um jeito de prender no chão. Isso com o vinho e o céu estrelado garantiram a diversão da noite!


E o resto é história. Entre passeios no mato avistando bichos que nem sabemos que existem, banhos de rio de água cristalina, tardes passadas sem pressa ao som da brisa e da cachoeira ao fundo, amanhecer ao canto de belos pássaros, ter um casal de joão-de-barro como vizinhos, passar a noite conversando com amigas queridas embaixo de um céu super estrelado daqueles que não se vê em cidade grande... “fugir” para o mato não é simplesmente um momento de pausa na correria do dia-a-dia, é retornar à essência do ser humano, à convivência com o próximo e com a natureza que infelizmente destruímos cada dia mais.